30 setembro 2013

Desenho.

September 28th. 
Daylight...
The monsters have overtaken the city.
Somehow...
I am still alive...


Deusa Jill Valentine da série de jogos Resident Evil. Esse desenho eu fiz em homenagem a ela, no ultimo dia 28. Quem jogou Resident Evil 3 entente porque (;

Reescrevendo contos.

Pessoal, não estou exatamente reescrevendo meus contos, porém, estou editando eles, acrescentando novos detalhes e substituindo palavras, frases, por outras melhores. Resumindo: estou deixando-os melhor escritos. Por conta disto, irei converter alguns deles para ''rascunhos'' até que estejam prontos. ^^

29 setembro 2013

A Viagem

Após um cansativa viagem á negócios, Henry finalmente sentia-se em paz. Foram quatro dias de estresse, correria e apreensão. A firma estava o pressionando, especialmente a respeito do atual projeto. Felizmente tudo havia dado certo e ele agora estava voltando para casa.
Eram quase duas horas da tarde e o ônibus partiria em três minutos, ele precisava se apressar! Subiu a rampa correndo e chegou aos boxes. Uma fileira de onibus preenchia todos eles, avistou o seu e apressou o passo em sua direção. Ao se aproximar, percebeu que ainda haviam pessoas entrando, isso fez com que pudesse relaxar e livrou-o da sensação de urgência. Colocou-se na fila, e quando chegou sua vez, entregou o bilhete ao motorista e entrou. Carregava consigo apenas uma maleta, na qual havia pouca coisa; apenas o suficiente pros quatro dias em que ficara na cidade. Acomodou-se em sua poltrona, a de numero dois(corredor) e ficou aguardando a partida. Quando o motorista entrou e apresentou-se aos passageiros, a poltrona ao seu lado seguia vazia. Henry então aproveitou para ficar mais a vontade. Colocou os fones de ouvido e espalhou-se, ocupando ambas as poltronas. Instantes depois ele sentiu o motor sendo ligado, e o veículo afastando-se em marcha ré. A viagem havia começado.
Quando as luzes se apagaram, Henry ja estava quase pegando no sono, mas sentiu uma necessidade urgente de ir ao banheiro. ''Mas que merda'', resmungou, e então levantou. Atravessou o corredor devagar, tendo de se segurar nas poltronas, e no final passar por cima de uma perna, que recolheu-se. Entrou no banheiro e trancou a porta. O alivio foi instantâneo assim que começou a urinar. Quando terminou, apertou o botãozinho vermelho da descarga e virou-se para a pia, onde lavou as mãos. Para sua felicidade, a água estava morna. Antes de sair deu uma rápida olhada no espelho e já estava com a mão no trinco, quando algo chamou sua atenção. Aproximou o rosto e viu um filete de sangue escorrendo lentamente do seu nariz. Fez uma cara feia e limpou o sangue com papel toalha, sem dar muita importância. Saiu.
Ao voltar para sua poltrona, ajeitou-se do mesmo jeito que estava anteriormente. Estava tudo silencioso. Aparentemente, todos os passageiros pensavam apenas em uma coisa: dormir. As pessoas andam muito cansadas hoje em dia, pensou Henry, e deitou a cabeça em diagonal com a poltrona e a janela. Logo adormeceu.
Um baque o fez despertar. Henry deu uma olhada ao redor; ainda estavam todos dormindo. Espreguiçou-se e observou pela janela; já era noite la fora e isso o assustou. Como pode ser noite!? A previsão de chegada era as 17:30! Tirou o celular e olhou a hora. O display marcava 16:04. Deve ter pifado. Guardou-o no bolso da calça e levantou, só então percebeu o quanto estava frio. Deu uma rápida olhada no corredor e não viu ninguém acordado; decidiu então falar com o motorista. Puxou a porta para o lado e entrou na cabine.
- Oi, desculpe, mas a previsão de chegada não era as 17:30 da tarde?
O motorista nada respondeu. Henry viu que o relógio digital do ônibus marcava 16:04. ''É a mesma hora que esta no meu celular.'' Olhou pra estrada, ela seguia sempre em linha reta, e parecia não ter nada a sua frente. Era como se ela surgisse a medida que o veículo avançava. Henry olhou pro motorista, que continuava imóvel, como se não percebendo sua presença. ''Mas oque esta acontecendo?'', pensou, e então chamou-o mais uma, duas vezes e nada. Henry encostou no braço do motorista e deu um pequeno empurrão. O homem desabou de lado; estava morto. Meu Deus!, gritou Henry, já pegando no volante com as duas mãos. Colocou o cadáver para o lado e tentou parar o veículo, inutilmente. O volante estava enguiçado e a estrada a frente seguia sempre reto, nunca acabava. Mas o que, o que é isso? Ele se levantou e puxou a porta da cabine. La dentro, todos continuavam em silêncio, dormindo. O corpo de Henry tremia, a medida que avançava pelo corredor. O formato de uma mão pendia de um dos assentos. Olá? chamou, mas ninguém respondeu. De repente as luzes se acenderam, revelando corpos cobertos de sangue e sangue respingado nas janelas, no corredor, em tudo! Henry deu um grito de pavor e acabou caindo depois de tropeçar em uma perna. Era apenas a perna, o corpo ao qual ela pertencia estava mais adiante. Meu Deus!!! Henry levantou-se gritando. Um liquido quente parecia escorrer pela sua cabeça. Passou a mão e ela voltou trêmula e ensanguentada. Em estado de choque ele caminhou até o banheiro, para observar-se no espelho. Havia muito sangue escorrendo de sua cabeça e narinas; sua pele estava extremamente pálida; seus lábios tremiam. Ficou parado olhando sua expressão horrorizada. Ele não sabia oque fazer, não sabia oque pensar, não sabia de mais nada. De repente o ônibus começou a tremer, e então um impacto jogou-o para trás com muita força.
- Não! - gritou Henry, sentindo-se envergonhado, ao perceber que havia sido apenas um pesadelo. Uma menininha ao lado olhava-o, e ele deu um sorriso sem jeito pra ela, que virou o rosto rapidamente. La fora o Sol brilhava forte. Meu Deus, disse ele, e limpou o suor do rosto. Tirou o celular do bolso para conferir a hora; o display marcava 15:53 da tarde. Henry levantou-se e foi novamente até o banheiro. Estava suado e um pouco descabelado. Passou água pelo rosto e depois secou-o. O papel toalha voltou com uma pequena mancha de sangue. Henry olhou no espelho e percebeu que seu nariz estava sangrando de novo. ''Mas que merda.'' Limpou o nariz e saiu. Atravessou o corredor novamente. Uma mulher havia acordado e estava teclando em um tablet; uma coisa extremamente normal, mas que chamou a atenção de Henry. ''É bom ver pessoas vivas.'' pensou consigo mesmo. Decidiu então dar uma olhada no motorista. Não que tivesse algo urgente a perguntar, mas sentia essa necessidade. Puxou a porta e entrou na cabine.
- Oi, perdão mas, qual é a previsão de chegada? - Henry ja sabia a resposta, mas queria ver o motorista responde-lo.
- Se não houver imprevistos, chegaremos até as 17:30.
- Ok, obrigado.
Antes de voltar, Henry olhou o relógio digital do painel; ele marcava 16:03 da tarde. Um frio percorreu-lhe por toa a extensão do corpo e logo a frente na estrada, um caminhão desgovernado invadiu a pista contrária, desviando de um carro e fazendo outros dois se chocarem. O condutor do caminhão buzinava e estava desesperado. Foi tudo muito rápido; Henry olhou novamente pro relógio, que mudou para 16:04. A virada brusca no volante o fez cair com violência. O estalo em suas costelas foi alto, provavelmente haviam quebrado. Mas Henry nem teve tempo para sentir a dor queda; teve tempo apenas para notar a expressão horrorizada do motorista do ônibus, e depois de um enorme barulho de impacto, tudo ficou escuro.

15 setembro 2013

Inspiração

O que é a inspiração pra você?
O que você imagina que ela seja?
Para mim, as vezes pode ser um cheiro,
um toque, uma presença.
Sentado aqui, fico pensando.
Tento escrever mas ela não me deixa.
Matei minha inspiração;
matei e ela manchou o chão
de vermelho.
Matei e há vestígios dela nas paredes também.
Arrependido, seguro-a e encaro-a,
mas ela não me encara de volta.
Seu cheiro é o de morte, seu toque esta gélido,
sua presença me abandonando.
Seu ultimo suspiro me condena.