22 novembro 2013

Desenho.

Desenho de um cenário meio macabro que eu fiz com caneta nanquim. Recém estou aprendendo a desenhar com este tipo de material, kkkkk' mas resolvi postar aqui, só pra não deixar o Blog desatualizado; pois como já expliquei, estou sofrendo de um bloqueio criativo pra escrever a continuação dos meus contos. Isso é coisa passageira, creio eu. A boa notícia é que são vários contos que eu deixei travados na metade... kkk' Abraços.

14 novembro 2013

Novidades.

Muitos contos em andamento; vários títulos, várias ideias, várias sinopses escritas, porém, falta de inspiração para dar continuidade a elas. Eu não irei escrever qualquer coisa e postar aqui para vocês, então, peço paciência aos leitores. Abraços e bom fim de semana!

10 novembro 2013

Madrugada de Domingo.

Antes de mais nada, preciso dizer que este conto não é inventado. O que irei lhes contar aqui é uma história verídica que aconteceu comigo e meus amigos. O motivo que me levou a escrever isto foi o clima no qual estávamos e uma história um tanto assustadora contada por um deles - justamente o mais cagão. Não leia isto esperando uma ficção sobrenatural ou coisa assim, pois o conteúdo abaixo é apenas o relato de uma madrugada de domingo entre amigos, ok? Caso ainda esteja lendo isto, sinta-se a vontade e espero que goste.



Já era madrugada, algo em torno de 1:30 de domingo e estávamos entediados. Eu e mais três amigos acabamos reunidos no apartamento do nosso amigo Kleinu pra jogar video game e encomendar algumas pizzas; esta era a programação noturna. Poucas horas antes nós havíamos saído com algumas gurias. A noite foi mesmo boa, saiu tudo como planejado, mas a madrugada já estava se tornando realmente cansativa. As pizzas estavam sendo digeridas a muito tempo, e jogar GTA V não estava mais nos mantendo entretidos. Decidimos então sair do apartamento e dar umas voltas de carro pela cidade.

Lá fora estava ficando cada vez mais frio e uma leve cortina de neblina aumentava essa sensação.
Contribuímos cada um com uma quantia para poder encher o tanque do carro e em seguida partimos. A cidade estava vazia, poucos carros circulavam. Olhei para meu celular, ele marcava 1:55. A nossa programação pelas horas seguintes era esta: ficar dando voltas pela cidade, ultrapassando sinais vermelhos, acelerando em pista reta, e procurando casas de festa com alguma festa ainda rolando. Encontramos algumas, e em um delas haviam carros de polícia parados em frente. Passamos lentamente para ver melhor oque estava acontecendo, mas não foi possível devido a quantidade de gente que estava ao redor. Não havia pessoas chorando ou gritando, então com certeza era só mais uma briga ou confusão que saiu de controle; coisa comum nesse tipo de festa onde todo tipo de gente se reúne. Mais a frente uma mulher de vestidinho vermelho dava um tapa no rosto de um cara. Dobramos a esquina dando risada.

Olhei meu celular, ja estava passando das 3:00 da manhã. Nossa programação perdeu a graça bem rápido e todas aquelas voltas me deixaram com um embrulho no estômago. Por sorte, a esta altura as pizzas já haviam sido completamente digeridas.

O tédio começou a tomar conta, e em meio a conversas e piadinhas aleatórias, de repente surgiu um assunto intrigante entre nós. Segundo nosso amigo Helmut, uma noite ele e o Kleinu estavam dando voltas de madrugada, da mesma forma como estávamos fazendo naquele momento. No caminho eles passaram por uma rua onde algumas casas e apartamentos estavam para alugar. Em uma destas casas - um pequeno edifício de apenas dois andares -, havia uma senhora idosa sentada na sacada com a cabeça baixa; ela estava completamente imóvel. Era inverno aqui no Rio Grande do Sul, porém, aquela senhora estava lá, sentada de camisola, exposta ao vento gelado e ao sereno da noite. Eles desaceleraram o carro para poder observar melhor. A senhora não se mexia e nem nada. Os dois ficaram intrigados, imaginando se ela estava morta ou coisa assim. - Não era brincadeira, eles realmente estavam pensando que ela poderia estar morta, pois era a unica explicação lógica para aquilo. - Logo que a rua acabou, dobraram a direita e decidiram passar ali novamente, porém, quando chegaram, desta vez a senhora não se encontrava na sacada e sim dentro da casa. As luzes estavam acesas e ela estava parada de perfil na janela ao lado da porta. Como antes, eles desaceleraram o carro e ficaram observando, foi então que do nada a senhora virou o rosto e pareceu encara-los diretamente. Cagões como são, resolveram sair dali, mas mal o Kleinu pisou no acelerador, ja teve que frear. Havia um destes cachorros de rua na frente do carro, e ele simplesmente se recusava a sair. O cão começou a latir sem parar e logo outro se juntou a ele. Os dois ficaram encarando o carro de frente; eles rosnavam e não se retiraram nem mesmo quando o Kleinu buzinou e acelerou o carro, ameaçando atropela-los. A rua era estreita e não tinha como contornar os cães. Eles olharam para trás e viram a casa com as luzes apagadas, porta e janelas fechadas. Isso tudo durou menos de um minuto, mas os dois já estavam assustados o suficiente e aceleraram o carro em marcha ré, tentando voltar por onde tinham vindo.

De acordo com eles, a hora era mais ou menos a mesma que marcava no relógio naquele momento. Rapidamente eu tive a ideia de passarmos lá, pois eu queria conhecer esta tal casa. Esta história havia me animado e estava começando a me dar ideias pra um novo conto. Nossos outros amigos concordaram, apenas o Kleinu e o Helmut continuavam não querendo ir, mas nossa insistência acabou vencendo.

- Essa é a casa. - falou Helmut, assim que chegamos na rua. Era mesmo uma rua estreita.

Eu baixei o vidro e oque vi foi uma casa comum, com uma sacada pequena. Não era velha e parecia bem cuidada. Uma placa escrito ''Aluga-se.'' estava firmada contra as grades da sacada. As luzes estavam todas apagadas e as outras casas e pequenos apartamentos encontravam-se da mesma forma. Sinceramente eu não achei nada demais, Falk e Alex também estavam tranquilos, mas uma rápida olhada no Helmut e percebi o quanto ele estava nervoso - Kleinu nem tanto. Achei isso engraçado e, de forma bem inconveniente falei-lhes sobre algo que havia me recordado naquele exato momento.

- Vocês tem certeza que eram 3:00 horas quando vocês passaram aqui aquele dia? - perguntei e eles concordaram, dizendo que era algo em torno disso. - Bom, vocês sabiam que 3:00 da madrugada é a hora do demônio?

- Porra Kim! - gritou Helmut.
- Kim, guarde essas informações pra ti. - disse Kleinu.

Nossos outros amigos riam e um deles se virou interessado. Eu extremamente sério continuei: - Mas é verdade. Diz a lenda que 3:00 da madrugada é a hora que Lúcifer revoltou-se contra Deus. Portanto esta é a sua hora. Ja as 15 horas é a hora que Jesus morreu, ou seja, a hora da libertação dos anjos do bem. Nesse caso as 3:00 da madrugada seria uma espécie de deboche de Lúcifer a cerca de Jesus Cristo. - Enquanto eu falava os dois continuavam a me mandar ficar quieto, já Falk e Alex me encorajavam, então continuei: - A essa hora os portões do inferno se abrem e alguns demônios percorrem livremente o mundo dos vivos, procurando por almas corrompidas das quais possam se alimentar e... - Fui interrompido pelo barulho estridente do som do carro; Helmut havia ligado o rádio, dizendo que não queria mais ouvir oque eu estava falando. Eu até tentei falar um pouco mais alto para me fazer ser ouvido, mas foi inútil. Kleinu acelerou o carro e disse que era melhor ir embora. Enquanto o carro se afastava eu olhei pelo vidro traseiro e vi um cachorro grande deitado no meio fio da calçada, quase no mesmo lugar onde havíamos parado o carro. Eu achei estranho, pois não tinha percebido ele antes. Ver aquele cão lá até me deu um certo ''medo'', pois tenho uma imaginação fértil e tal. Enfim...



Isso já faz bastante tempo, mas ainda hoje nós incomodamos o Helmut - o mais medroso do grupo, e certamente um dos caras mais medrosos que eu já vi na vida - com a história da velha da sacada. O Kleinu nós paramos de incomodar, porque ele não é tão medroso, então não tem graça incomodar ele.